Cessar-Fogo Israel e Hamas: A Relação entre Religião e Política no Oriente Médio

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Israel Cessar-fogo Religião e Política

CESSAR-FOGO NÃO CESSA GUERRAS – Nas últimas horas, a tensão entre Israel e uma das facções mais poderosas do Oriente Médio, o Hamas, continua a dominar as manchetes. O possível cessar-fogo entre as partes, que agora envolve negociações difíceis, chama a atenção do mundo para uma guerra que vai muito além das análises políticas, frequentemente atribuídas pela mídia internacional. Embora muitos insistam em tratar o conflito como um jogo geopolítico, onde são jogados os interesses de grandes potências e impasses diplomáticos, a realidade das hostilidades no Oriente Médio é muito mais profunda e está intimamente ligada a questões religiosas.

Cessar-fogo entre Israel e Palestinos ou com o Hamas?

Neste domingo, o retorno de três cidadãos israelenses ao seu país, após negociações difíceis, serve como um lembrete da complexidade do conflito. Hamas por sua vez, fez a solicitação para que noventa outros prisioneiros fossem devolvidos, o que levanta questões sobre o equilíbrio nas trocas e sobre o real valor de uma “paz” negociada à base de prisões e libertações.

O que muitas vezes é omitido nas reportagens que circulam pelos meios de comunicação, especialmente no ocidente, é que os conflitos entre Israel e seus inimigos, como o Hamas, não são apenas sobre disputas territoriais ou interesses políticos. O mundo, influenciado por uma visão secular dos acontecimentos, insiste em abordar o Oriente Médio como um cenário político e econômico, desconsiderando a influência central da religião nas hostilidades que perduram há milênios.

Culturas atuais não apagam a História que geram conflitos

Israel, a terra prometida ao povo judeu, não é apenas um território a ser disputado. Para muitas facções radicais, o simples fato de Israel existir representa uma afronta religiosa, pois a sua fundação está intrinsicamente ligada ao judaísmo, uma religião monoteísta que também é um pilar para o cristianismo. A resistência e o ódio contra Israel não são motivados apenas por disputas territoriais, mas por uma rejeição profunda à história e à identidade religiosa de um povo que, ao longo dos séculos, tem sido alvo de perseguições incessantes.

A narrativa religiosa sobre o povo de Israel e sua conexão com a terra de Canaã, mencionada na Bíblia, é vista como uma afronta para aqueles que possuem outras crenças. O fato de Israel ser considerado a “terra escolhida” por Deus no contexto do judaísmo torna o país alvo de ataques constantes de facções que rejeitam o judaísmo e, por consequência, o cristianismo. Afinal, como os cristãos são amplamente ensinados desde cedo, foi o povo judeu que nos transmitiu o conhecimento sobre o “Deus” que até hoje é adorado por bilhões de pessoas ao redor do mundo.

A Confusão: O Ocidente Troca Religião Por Geopolíticas

O mundo ocidental, com sua predominância de uma visão secularizada, não consegue compreender a magnitude religiosa deste conflito. Nas análises feitas pela mídia de diversas partes do mundo, a ênfase recai sobre aspectos políticos: a disputa de poder entre facções, a aliança de Israel com os Estados Unidos e outros países ocidentais, e as diferentes potências internacionais que atuam como mediadoras. No entanto, esta leitura ignora o realismo de uma guerra que se arrasta por séculos, alimentada por um ódio religioso profundo.

Na ótica religiosa, os ataques contra Israel não são apenas ataques a um estado-nação moderno. Eles são ataques contra a própria essência da religião judaica, contra sua identidade, contra sua história. Para muitos que se opõem a Israel, o simples fato de um Estado judeu existir é uma provocação à sua visão de mundo, baseada em crenças que consideram o judaísmo como algo supérfluo ou até mesmo como um inimigo.

Um Acontecimento Para Ser Esquecido ou Enfrentado?

O 7 de outubro de 2023, quando ataques devastadores mataram milhares de israelenses e palestinos, é frequentemente tratado como um evento isolado nas análises políticas. No entanto, é importante lembrar que esse evento não é apenas uma consequência de uma escalada de tensões políticas. É um reflexo de algo muito mais profundo e enraizado na história religiosa do Oriente Médio.

A verdade é que o ódio a Israel e a suas crenças vai muito além das questões geopolíticas. Tem raízes na rejeição de um povo que, ao longo de milênios, tem sido visto por seus inimigos não apenas como um povo a ser derrotado, mas como um símbolo do Deus que alguns não querem aceitar. Israel não é apenas um país em disputa – é um símbolo religioso, e a guerra contra ele – é, em muitos aspectos, uma guerra contra a própria crença em Deus. Essa não aceitação a Israel, devido suas crenças e história, enquadra-se na “Intolerância religiosa”, justamente aqui é a grande explicação de o porque manchetes são modificadas para o campo da Geopolítica, assim mascara.

Cessar-fogo e Processos de Paz no Oriente Médio

Quando o cessar-fogo será alcançado? Talvez a única maneira de isso acontecer seja quando os conflitos religiosos que alimentam essas guerras encontrem um fim, algo que muitos acreditam só será possível quando o “Reino de Deus” for estabelecido, conforme profetizado pelas Escrituras. Por mais que a política tente prevalecer sobre a religião, os dois mundos não podem ser totalmente separados no Oriente Médio. O fim das hostilidades parece ser um sonho distante, e a paz duradoura dependerá de algo muito maior do que apenas acordos diplomáticos.

Neste cenário, a mídia internacional, em sua busca por narrativas fáceis e politicamente corretas, muitas vezes perde de vista a verdadeira dimensão do conflito. O que está em jogo não é apenas o controle de terras ou recursos, mas a perpetuação de uma luta religiosa que parece destinada a continuar enquanto a compreensão do papel de Israel no contexto mais amplo da história da humanidade não for devidamente reconhecida.


A Redação: Agnaldo Silva – Jornalista

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