Israel aceita cessar-fogo com Hezbollah após semanas de negociações

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Cessar-fogo Israel

MUNDO HOJE, CESSAR-FOGO – Após semanas de intensas negociações mediadas pelos Estados Unidos, Israel concordou com um acordo de cessar-fogo na guerra contra o Hezbollah. A decisão histórica, aprovada em uma reunião do gabinete de segurança política realizada no campus de Tel Aviv na noite de 26 de novembro, veio após o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu conversar com o presidente americano, Joe Biden. Por conseguinte, o acordo entrará em vigor já nas primeiras horas do dia 26 de novembro, às 4h da manhã.

Netanyahu declarou:
“Esta noite, o gabinete de segurança política aprovou a proposta dos Estados Unidos para um acordo de cessar-fogo no Líbano, por uma maioria de 10 ministros contra uma oposição. Israel aprecia a contribuição dos Estados Unidos no processo e se reserva o direito de agir contra qualquer ameaça à sua segurança.”

Contudo, vale dizer que, o primeiro-ministro também destacou que Israel manterá sua liberdade de ação para garantir a aplicação do acordo.

Controvérsias internas neste cessar-fogo

O cessar-fogo, no entanto, não foi unanimemente aceito. De maneira controversa, o ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, criticou abertamente a decisão em sua conta na rede social X:
“A decisão deste gabinete, nesta noite (26), é uma decisão errada. Esse cessar-fogo não é garantia de que podemos devolver, aos moradores do norte, as suas casas. Não vai parar o Hezbollah, e o pior, perde-se uma oportunidade histórica de atacá-los com mais força e colocá-los de joelhos.”

Visto que, Ben-Gvir votou contra o acordo, refletindo as divisões dentro do governo israelense sobre os próximos passos no conflito.

Especulações sobre os motivos

Embora o governo de Israel tenha deixado claro que a decisão reflete o desejo de proteger sua segurança e apreciar os esforços diplomáticos americanos, a imprensa brasileira especula que existam três motivos principais para a adesão ao cessar-fogo:

  1. Reposição de recursos estratégicos, incluindo munições e armamentos, essenciais após semanas de confrontos intensos.
  2. Planejamento estratégico contra o Irã, um adversário central na política de defesa israelense.
  3. Demonstração de força perante o Hamas, reforçando a narrativa de que o grupo está enfraquecido.

À medida que o acordo avança, a trégua foi recebida com cautela pela comunidade internacional, enquanto analistas avaliam se ela conseguirá proporcionar estabilidade na região ou será apenas um intervalo em um conflito mais amplo. A pergunta que fica, no entanto, é se Israel poderá manter sua posição firme enquanto busca equilibrar a segurança interna e a política externa.


Redação-GT:  Agnaldo Silva – Jornalista RSB

 

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