Queima de Fogos Sem Sons de Explosivos – Nos últimos anos, a sociedade vem passando por transformações que refletem a busca constante por inovação, alinhada às mudanças tecnológicas. Essas alterações também se manifestam nas celebrações e tradições culturais, como a queima de fogos de artifício, elemento central de festas como o Réveillon. No entanto, neste início de 2025, uma questão chamou atenção em Praia Grande, no litoral de São Paulo: a ausência da tradicional queima de fogos promovida pela prefeitura.
Praia Grande não realizou Queima de Fogos no Reveillon?
Enquanto diversas cidades do litoral de São Paulo mantiveram a tradição dos fogos de artifício, em Praia Grande a prefeitura optou por não realizar o espetáculo de Réveillon. A decisão está atrelada ao crescente movimento que busca substituir os fogos com sons explosivos por alternativas silenciosas, em defesa de categorias animais que sofrem com os ruídos intensos.
A medida é parte de uma tendência global que visa conciliar celebrações com o bem-estar de animais domésticos e selvagens, além de pessoas mais sensíveis a sons altos, como idosos e crianças com condições como autismo. Embora a prefeitura não tenha organizado a queima de fogos, muitos moradores da cidade mantiveram a tradição de forma independente, com celebrações particulares que iluminaram o céu na virada do ano.
REVEILLON 2025 PRAIA GRANDE
Queima de Fogos Sem Sons de Explosivos: A força das reivindicações sociais
O debate sobre os fogos de artifício sem explosões não é exclusivo de Praia Grande. Um exemplo marcante está no famoso Réveillon da Avenida Paulista, em São Paulo, conhecido por atrair multidões de todo o mundo. Nos últimos anos, a avenida se tornou um espaço emblemático para protestos e reivindicações sociais, com demandas que frequentemente ganham visibilidade e moldam políticas públicas.
Esse movimento levanta um importante debate entre tradição e mudança. Por um lado, há a defesa das raízes culturais e dos valores históricos que moldam as celebrações humanas. Por outro, surge a necessidade de adaptação às sensibilidades e demandas de uma sociedade cada vez mais consciente de seu impacto sobre o meio ambiente e os seres vivos.
Natureza e cultura: um equilíbrio delicado
Os defensores dos fogos silenciosos argumentam que os ruídos altos representam um incômodo desnecessário para animais e pessoas. Por outro lado, críticos alertam para o risco de desconsiderar a relação intrínseca entre o ser humano e as manifestações culturais que, há séculos, celebram momentos de alegria e renovação.
Um morador de Praia Grande, que preferiu não se identificar, opinou: “Os fogos fazem parte do Réveillon. Entendo a preocupação com os animais, mas o que vimos neste ano foi uma cidade sem identidade, sem o brilho que estamos acostumados a ver.”
Nesse hiato, temos uma analogia com a natureza é frequentemente usada para ilustrar o dilema. Assim como não podemos pedir à Mãe Natureza que elimine o som dos trovões durante tempestades, seria justo silenciar completamente a explosão dos fogos de artifício, que tanto simbolizam celebração e euforia?
O que esperar do futuro?
Em resumo, podemos afirmar que o Réveillon de 2025 em Praia Grande ilustra uma transição que vem sendo discutida em várias partes do mundo. O equilíbrio entre inovação, preservação cultural e respeito aos seres vivos será um desafio nos próximos anos. Enquanto isso, cabe às comunidades locais debater e decidir quais tradições manter e quais adaptar, garantindo que todos possam celebrar sem perder de vista os valores que nos tornam humanos.
Da Redação: Agnaldo Silva – Jornalista
Rede Sul Brasil de TV