A Redação: Pr. Agnaldo Santana – @roshagnaldosantana
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Entre os últimos 1500 anos de história dos Papas, o que Aconteceu com a história de Jerusalém e o Templo Sagrado? Onde que nas Escrituras se encontra uma Carta alterando o Poder Religioso do Povo Escolhido para Outro Território? Por que Neemias e Esdras Foram impelidos a Reconstruir o Templo Sagrado, e Deus colaborou no coração do Rei para da Cartas de Créditos, e quem a destruiu no ano 70 d.C., não conduziu, até hoje, os fiéis religiosos a Reconstruí-lo? Não dá para Maquiar com teologias baratas!
Segundo dia do Papa Leão XIV: Para Refletir
Vaticano, 10 de maio de 2025 – Em seu segundo dia de pontificado, o Papa Leão XIV reuniu-se esta manhã com o Colégio Cardinalício no Palácio Apostólico. O encontro, marcado por uma atmosfera de expectativa e esperança, ocorre enquanto o mundo católico e observadores globais aguardam os primeiros sinais e diretrizes do novo Sumo Pontífice. Para além das questões imediatas da Igreja, ressurgem debates profundos sobre as raízes da fé e o papel histórico de Roma.
As expectativas para o papado de Leão XIV são vastas, abrangendo desde a continuidade pastoral e os desafios da evangelização no século XXI até questões doutrinárias e o diálogo inter-religioso. No entanto, em meio a essas esperanças, vozes dentro e fora da Igreja relembram questões históricas e teológicas fundamentais, indagando sobre a trajetória que consolidou Roma como o epicentro do catolicismo.
Santa Sé, na Basílica ou Templo Sagrado de Jerusalém?
Levanta-se a reflexão: se Deus é frequentemente descrito nas Escrituras como “O Deus de Israel”, se Jesus Cristo nasceu e viveu no território que hoje compreende Israel, e se Jerusalém é reverenciada como a “cidade do Grande Rei“, por que a liderança da fé cristã emanou predominantemente de Roma? Essa interrogação ecoa entre fiéis e estudiosos que observam, tanta a história dos papas, e o novo papado.
Historicamente, Jerusalém foi o berço da Igreja primitiva, como narram os Atos dos Apóstolos. “A centralidade de Roma consolidou-se ao longo dos séculos, em grande parte devido ao martírio dos apóstolos Pedro e Paulo na capital do Império Romano e à crescente importância da Igreja na cidade. Contudo, a ascensão de Roma não ocorreu sem momentos trágicos e complexos”.
Recorda-se que o Império Romano, em 70 d.C., foi responsável pela destruição do Segundo Templo de Jerusalém, um evento cataclísmico para o povo judeu. Alguns analistas e correntes de pensamento questionam se, ao longo dos séculos seguintes e em meio a perseguições aos primeiros cristãos e, posteriormente, a complexas relações de poder, a proeminência de Roma teria, de alguma forma, ofuscado a história e as raízes judaicas da fé. A discussão se estende à interpretação da “Santa Sé” estabelecida sobre o local do martírio de Pedro, na Basílica de São Pedro, como um símbolo que, para alguns, se sobrepôs à originalidade de Jerusalém.
Neste contexto, emerge um anseio por uma renovada ênfase no “Jesus Judeu“, no “Leão da tribo de Judá”. Muitos esperam que o novo pontificado possa revisitar e iluminar a figura de Cristo como aquele que nasceu, viveu e promulgou suas mensagens primariamente em sinagogas e no Templo Sagrado, inserido em seu contexto cultural e religioso judaico. Destaca-se, ainda, a notável persistência histórica do povo judeu, a genealogia de Jesus, que, ao contrário de civilizações antigas como babilônios, astecas ou amorreus, manteve sua identidade e continuidade ao longo dos milênios.
O Papa Leão XIV inicia seu ministério em um momento em que estas profundas questões históricas e teológicas vêm à tona com renovado vigor. O mundo católico observa atentamente, esperando que seu pontificado possa não apenas guiar a Igreja nos desafios contemporâneos, mas também oferecer caminhos de reflexão e reconciliação com as mais fundas raízes da fé cristã, reconhecendo a intrínseca ligação com a terra e a tradição de Israel. Os próximos passos do novo Papa serão cruciais para delinear como a Igreja enfrentará esses questionamentos ancestrais e as expectativas de um mundo em constante transformação.